sábado, 20 de junho de 2009

Café Novo

O Café Novo, é um espaço localizado no cruzamento entre a Rua da Boavista e a Rua da Lapa, bem junto ao quartel da GNR da Praça da República.
Este espaço chamou-nos pela primeira vez a atenção pela sua promoção Francesinha + Tagus = 5,50€. Não sendo muito apreciadores desta marca de cerveja lá das beiras, não deixava de ser um bom negócio! (mais tarde viemos a descobrir que por mais 0,10 € bebíamos uma Super Bock, o que nos parece uma muito melhor oferta).
Pelo preço levava logo 5, mas como não somos assim tão materialistas, lá entramos, sentamo-nos nas cadeiras tipicamente de café (nada de almofadas nem mariquices que tais), e pedimos uma francesinha para cada um. E este foi um ritual que já fizemos várias vezes desde que descobrimos o café, pois em relação qualidade-preço achamos ter descoberto o melhor local para comer francesinhas no Porto!
A francesinha é muito bem servida, batatas não faltam (ouviram, senhores do Alicantina?!) e os restantes ingredientes não espantam mas também não desiludem (e até ovo traz). O molho é picante q.b. e tem um gostinho ao nível do melhor que por aí se faz.
Em suma, se quiserem gastar pouco dinheiro e quiserem comer uma francesinha que vos deixe satisfeitos, o Café Novo é o local a ir. Não vos vai deixar a pensar que nunca comeram coisa melhor na vida, mas é bem capaz de vos pôr a pensar Até era gajo para comer outra a seguir... e até podem ir jogar um bilhar ao piso de baixo.
Só um conselho: evitam os almoços, a confusão é muita e a qualidade do atendimento acaba por se ressentir (aos jantares costuma ser irrepreensível).
Por todos estes motivos, o Café Novo leva um bem merecido 4.
(pedimos desculpa pela ausência de foto, mas em tantas vezes que lá fomos ninguém se lembrou de pegar no telemóvel e tirar uma fotografia... mea culpa)

Localização (Google Maps)

Alicantina

Só por nos ter fornecido a História da Francesinha, o Restaurante/Pastelaria/Snack-bar Alicantina do Campo Alegre, número 814 (existem mais dois espaços com o mesmo nome no Centro Comercial Arrábida Shopping e na Rua António Bessa Leite, 1412) já mereceria a nota máxima... no entanto, como nós não nos vendemos por pouco (nem por muito, porque nós somos isentos!) vamos lá ver se essa nota máxima é merecida ou não...
Este espaço fica localizado quase em frente à cantina da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e ao Jardim Botânico do Porto, e que belo espaço que apresenta! Tudo muito requintado, o que nos fazia temer pelos preços! Já tínhamos a experiência de tomar café na esplanada à módica quantia de 0,70€ por cada bica pelo que estávamos preparamos para pagar para cima de 10€ por cada exemplar de francesinha.
Imaginem a nossa surpresa quando vimos que uma francesinha especial (só com batata) custava 8,40€ e uma francesinha com ovo (que inclui também batata 8,60€)! Começávamos bem!
Olhando para o resto da ementa encontrávamos lá uma grande variedade de pratos de carne e de peixe, todos à volta de 10€ a dose o que, diga-se de passagem não é assim tão caro para um restaurante naquela zona da cidade.
Na carta existiam mais duas opções de francesinha (para além do pica-pau, que a Wikipédia inglesa - onde alguém já teve o cuidado de nos adicionar aos links externos, o mesmo tendo acontecido no artigo sobre as francesinhas na Wikipédia em português - diz que consiste nos ingredientes que estão dentro da francesinha servidos aos bocados num prato, sem o pão, e regados com o molho característico da francesinha, sendo comidos com um palito, um bom aperitivo sem dúvida! Será servido, estou certo, nos nossos casamento!), a francesinha Alicantina que era servida com uma gamba em cima e a francesinha antiga, servida, e passo a citar o empregado do local, em pao bijou (para os menos acostumados a estrangeirismos, o que ele queria dizer é que a francesinha era servida em pão normal, ou pão de trigo como se chama na minha terra - mas isso sou eu que sou da aldeia! - em vez do mais tradicional pão de forma).
Sendo pessoas conservadoras no que a francesinhas diz respeito, decidimo-nos pela francesinha especial (porque 0,20 € por um ovo era uma roubalheira) e um fino, e lá ficamos à espera que ela chegasse....
Chegada ela, eis a primeira desilusão: as batatas era em número bastante reduzido, o que para quem gosta de molhar as batatas no molho que sobra depois de comer a francesinha reduziu logo o apetite.
Lá metemos todas as batatas a envolver a francesinha (dado o seu reduzido número não estorvavam muito no prato...), pegamos nos talheres e começamos a cortar a francesinha. Mal a faca se chegou ao queijo uma bela surpresa: o pão era torrado, tal e qual como no Bufete Fase, o que deixava antever um manjar em conformidade com os nossos elevados padrões de qualidade!
Dentro da francesinha todos os ingredientes eram (ou aparentavam ser!) de elevada qualidade, desde o bife (um bocado mal passado, o que para nós não era problema, mas que pode ser para algumas pessoas, quem não gostar dele assim convém dizer ao pedir para passar melhor o bife) até às salsichas e todas as restantes carnes que estavam lá pelo meio (confessamos a nossa ignorância quanto ao nome de tais alimentos).
Fazendo uma recapitulação, até este momento, em que ainda não metemos a francesinha à boca, temos uma vantagem de 2 para 1 entre pontos positivos e negativos! A coisa promete!
Levada a primeira garfada à boca, a outra desilusão (2-2): a francesinha estava pouco quente (bem nos parecia que tinha vindo demasiado rápido para a mesa!) o que fazia, por exemplo, com que o queijo se apresentasse um bocado duro de mais. Mas esse ponto não estragava o seu sabor, que juntamente com um molho muito bem apurado tornava esta francesinha um verdadeiro prazer para o nosso paladar (3-2, a favor dos pontos positivos).
Realmente temos pena que a francesinha estivesse um bocado para o fria (não sabemos se é sempre o caso, ou se foi desta vez) e que as batatas fossem tão poucas (tiveram que ser racionadas para durar a francesinha toda, e sobras para molhar no molho depois de comida a francesinha nem pensar!), porque esta francesinha realmente é muito agradável de se comer, e podia facilmente levar um belo de um 4, ou chegar-se mesmo ao patamar supremo do 4+ (porque o 5 ainda nos parece uma miragem...).
Assim, leva um 4-, mas quem a for lá comer de certeza que sairá satisfeito e o local é bastante aprazível, bom para um encontro ou um jantar de negócios...


Localização (Google Maps)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

História da francesinha

Na passada terça-feira numa das nossas deambulações pela cidade do Porto à procura da francesinha suprema, demos com esta pérola no Restaurante/Pastelaria/Snack-bar Alicantina na Rua do Campo Alegre, 814:

HISTÓRIA DA FRANCESINHA
O Inventor
Em 1953 o Português Daniel da Silva, depois de ter andado pela Bélgica e pela França, foi desaguar a Lisboa, mas acabou por se fixar no Porto, como responsável pela parte de uma cervejaria da “Regaleira”.

O Invento
Surpreendendo os clientes com petiscos que “picavam” como o diabo, sempre para puxar uns “copitos”, acabou por inventar um lanche que servia de refeição, e numa cidade de clima frio como o Porto, divertia-se à brava com o tal molho, que em alguns casos, fazia quase vir às lágrima aos olhos.
-É para aquecer (dizia ele).

O Nome
E, com toda a brejeirice possível, depois de ter corrido a Europa, achava que os portugueses ainda estavam muito atrasados… era a década de 50… e resolveu baptizar o petisco de francesinha.

O Sucesso
Já na década de 60, muitos eram os curiosos que se deslocavam ao Norte do País, para experimentar o tal aclamado prato. E por todo o lado foram-lhe surgindo sósias. Em pouco tempo até no Algarve era possível apreciar uma francesinha. Depois surgiram-lhe modificações, com marisco, com cogumelos… para desfrute de alguns e desgosto de outros.

O Mérito
O Daniel morreu aos 84 anos de idade, e o seu invento vai ficar para sempre na nossa culinária. Mas quando o desejo apertar, a ALICANTINA, continua a fazer umas óptimas francesinhas, seguindo as receitas originais.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Bufete Fase

O café Bufete Fase fica localizado num (muito) pequeno espaço na Rua de Santa Catarina, nº 1147, quase junto à Praça do Marquês Pombal (onde existe uma estação de metro para quem se quiser deslocar deste modo para o café, quem quiser ir de carro também costuma haver lugares nas redondezas, na sua maioria com parquímetro).
O espaço pode ser pequeno, mas as suas francesinhas certamente não o são, quer em tamanho, quer em fama e também em qualidade! (pronto, estragamos a surpresa ao dizer logo à partida que o raio das francesinhas são muita boas!).
Mas vamos por partes, quem quiser ir comer ao Bufete Fase, tem poucas opções: francesinha, cachorro ou prego (pensamos não andar muito longe da verdade, se alguém souber da existência de mais algum prato pode indicá-lo nos comentários). Mas também quem quiser comer outra coisa que não uma francesinha de certeza que arranja melhores opções...
Dada a escassez de espaço, com 4 ou 5 mesas e lugares para umas 12-15 pessoas, e a fama da francesinha (que felizmente para os nossos paladares é merecida) o espaço está sempre a abarrotar (topissímo, como diria um dos nossos escribas), quer seja almoço ou jantar, dia útil ou sábado (e provavelmente só não está também ao domingo porque é dia de descanso do pessoal). Assim, quem quiser ir lá comer convém ir preparado para uma razoável espera (uma meia-hora no máximo, pois a fila não costuma ser assim tão grande) a pé ou sentado nos lancis dos passeios da Rua de Santa Catarina (o café fica localizado na parte desta rua onde há circulação automóvel). Em compensação, o tempo de espera depois de sentados não costuma ser muito, pois a simpática senhora que nos atende pergunta atempadamente o que cada um quer comer (francesinha, obviamente!) de modo a que é só sentar e comer.
Quanto ao atendimento este é bastante expedito e competente, estando normalmente a cargo de uma senhora, filha do cozinheiro (um verdadeiro negócio de família).
Estando então sentados, pedimos um fino (ou príncipe, ou caneca, ou similar) e esperamos que nos chegue a francesinha, com umas razoáveis batatas fritas (daquelas compradas nos supermercados já pré-fritas e congeladas).
Eis que chega então a francesinha! Olhando para ela salta logo à vista a linguiça presa por um palito no topo do espécimen. Começando a cortá-la deparamo-nos com um belo pão de forma torrado, porventura o melhor pão de todas as francesinhas que já comemos.
O resto da francesinha destaca-se pela boa qualidade dos seus ingredientes, especialmente o bife que, tal como o pão, é dos melhores que por aí anda.
A perfeição é algo que todos os cozinheiros (de francesinhas ou outros pratos) almejam atingir, e o do Bufete Fase certamente não andará muito longe de o conseguir. Talvez se um dia este estabelecimento e o já analisado Restaurante Locanda resolverem fazer uma joint-venture talvez se obtenha a francesinha perfeita, mas enquanto isso não acontece a famosa francesinha do Bufete Fase faz jus à sua fama e leva um bem merecido 4+.

(o nosso muito obrigado ao nosso colega que tirou a foto)

Localização (Google Maps)

Restaurante Estrela D'Ouro

Mais uma terça mais uma francesinha: mais uma vez levamos a máxima à letra foi levado à letra e desta vez o gang das francesinhas teve como ponto de paragem o restaurante Estrela D'ouro, bem localizado no centro do Porto, na Rua da Fábrica a uns 3 minutos dos Aliados. Quando lá entramos momentos nostálgicos vieram logo ao de cima, tempos de caloiros... (ai que estamos velhos!)
O restaurante sofreu uma “grande lavagem de cara” (mas mesmo grande), criando assim um espaço muito interessante para levar a namorada ou uma quenga, mas das caras,. Bem vou deixar-me de brincadeiras e escrever o que verdadeiramente é importante e que estão ansiosos por saber, o comportamento do chef na confecção da FRANCESINHA. Este não pode ser qualificado da mais de elevada qualidade, o molho era normal, relativamente picante - o que numa francesinha é sempre bom-, sem a presença de nenhum sabor que nos deixasse desejosos de mais uma francesinha, tal só aconteceu, pelo simples facto de esta ser de tamanho reduzido, deve pensar que lá por estar a chegar o tempo da praia comemos menos, se quiséssemos emagrecer íamos dar no “plastron”, os ingredientes presentes era simplesmente salsicha, um pouco de bacon e bife, o que valeu foi a promoção que nos presentearam e isso é que valeu em mais uma busca incessante por a melhor francesinha. Apenas se paga 5€ por a francesinha (sem batatas e ovo) e uma bebida, porém como gulosos que somos pedimos uma batatinhas, (uma dose dá pra dois e custa 1,5€) para saborear o molho e neste caso para tapar qualquer buraco existente na barriga.
O restaurante possui uma sala bastante ampla, mas naquele dia apenas foi usada por nós. Porventura foi porque já somos famosos no mundo da crítica gourmet e queriam ver as nossas reacções. Qualquer que seja o motivo, sentimo-nos os verdadeiros patrões do sítio!
O dono do restaurante presenteou-nos com um pianista, que mais parecia um “disco riscado” para nos embalar na hora de jantar, este tocava sempre as mesmas, não sei se era por não saber onde se coloca os outros cd’s, ou porque para tocar outras se tinha que atirar alguma moeda ou pagar algum “drink”.
Concluindo, é um sitio para voltar quando se tiver pouco money e pouca fome, não se sai louco por mais, mas também não saímos a dizer mal do sítio, por isso merece um belo de um 3.


Localização (Google Maps)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Cufra (bilhares)

Mais uma terça, mais uma francesinha….a tradição mantém-se! Desta feita decidimos contemplar o café Cufra bilhares… Não, não para jogar uma partida de snooker, mas sim para avaliar mais uma francesinha nesta nossa busca interminável pela nota 5. Vejam lá que até já nos sugeriram manjares em Vila Real…vejam os comentários do café Santiago! Prometemos alargar a nossa procurar pelos caminhos de Portugal, mas num futuro próximo cingimo-nos a locais próximos da área metropolitana do Porto!
Voltando à casa que hoje foi inquirida para apreciação, esta chama-se Cufra bilhares e situa-se no número 294 da Avenida da Boavista, junto ao Hospital Militar.
A casa fica meio escondida e pouca gente conhece, pois todos associamos o nome de cufra à marisqueira (também especialista em francesinhas) localizada do outro lado da Avenida da Boavista, já a caminho do Castelo do Queijo. Esta casa também fará parte do nosso roteiro assim que o nosso blog começar a dar dinheiro!
Neste Cufra dos bilhares, deparámos com uma atmosfera típica de um tasco onde se encontram uns velhotes a beber Super Bock da garrafa e outras pessoas com bom aspecto. No entanto, nada intimidados por este ambiente, entramos e posicionamo-nos frente à televisão onde desta vez havia 1ª mão da meia-final da Champions League, entre o Manchester United e o Arsenal.
Sentamo-nos e pedimos a francesinha, sempre naquela expectativa de ser a melhor….a mais bela…a verdadeira! No seu tamanho considerável, a francesinha satisfazia qualquer pessoa com bom apetite, quer isto dizer que era bem constituída em termos de ingredientes! O molho, apesar de picante, enquadrava-se perfeitamente no tamanho da francesinha, ou seja, também era bom!
Final de contas, ainda soube melhor quando nos inteiramos do valor da dolorosa! Pela francesinha, três finos e descafeinado, largamos cerca de 7,50€, pelo que se depreende que a francesinha com ovo e batata custa exactamente 5€. Como podem concluir, e admitindo o café a 60 cêntimos; conclui-se que se trata de uma bela casa para beber uns finos!!
Concluindo, recomenda-se fazer aqui uma paragem quando se tiver “fome de francesinha” e a carteira estiver leve! Também se deve trazer alguma sede! No fim, chegados a um consenso, decidiu-se presentear a casa Cufra com a nota 3+.


Localização (Google Maps)

Café Requinte

Embora a sua localização original seja na Rua do Godinho, em Matosinhos, actualmente esta encontra-se em obras, pelo que temporariamente está instalado num armazém/garagem na Rua do Conde Alto Meirim, também em Matosinhos (e que é perpendicular à Rua do Godinho, pelo que não há que enganar - já agora agradecemos à senhora que nos indicou o local actual do café, já que o nosso GPS estava com algumas falhas a receber o sinal de satélite).
Sendo uma localização provisória não podemos falar muito sobre o espaço correndo o risco de sermos injustos, mas tendo jantado no piso superior, às vezes sentiamos alguma vibrações do chão (mas nada que arruinasse por completo a degustação da francesinha).
Relativamente ao atendimento, este era competente e simpático, mas algo demorado, talvez devido ao facto de ter poucos empregados numa casa que ainda leva um considerável número de clientes... e tivemos ainda um momento de nostalgia quando nos serviram um fino num copo da Expo '98...
Mas falemos do que realmente nos levou até Matosinhos depois da Queima das Fitas: a famosa francesinha do Café Requinte! (a já citada senhora que nos indicou o novo local do café a certa altura perguntou: «Quando vocês dizem Café Requinte, estão a falar daquele das francesinhas?!»).
A francesinha em si era relativamente boa, os ingredientes eram de boa qualidade mas o molho.... ai o molho! Não é que os senhores exageraram no molho de tomate?! Não havia necessidade meus senhores, «estragarem» uma francesinha! («estragarem» está entre aspas, porque o molho não tornava a francesinha má, mas fez com que uma francesinha potencialmente muito boa, se tornasse apenas numa francesinha boa, o que é uma pena, pois pensamos que havia ali matéria-prima de muito boa qualidade)
Aliado ao «molho de tomate», o preço também não é muito agradável... 8€ a francesinha sem batatas - que custaram mais de 4€, para 5 pessoas (e também sem ovo, mas isso é o menos).
Por todos estes motivos, é com muita pena que damos apenas um 3 a este café.


Localização (Google Maps)